segunda-feira, 18 de julho de 2011

Rabiscos

Hoje meu céu amanheceu embaçado e senti vontade de rabiscar, mas logo meus desenhos se tornariam água, pois as nuvens não param de derreter.
O céu quer desabar, as pessoas querem chegar, num lugar onde se sintam protegidas, mas não há proteção melhor que a energia desse grande manto azul manchado por cores brancas que às vezes lembram sorvete.
Costumo começar o dia com a cabeça erguida, sabe por quê? Porque gosto de admirá-lo pela manhã, é quando a cidade está tomada por calmaria e a neblina parece um sinal de que as pessoas devem acordar, e isso me lembra fumaça de trem quando se está perto de chegar.
As cores falidas me cativam quando escondem uma cor forte, que logo vaza e deixa uma mistura que não se pode dizer o nome. É difícil... mas quem não gosta do complicado? O obvio é cansativo e entediante, talvez por isso nem o céu seja o mesmo, e hoje ele derrete, inova e sabe fazer com que algo corriqueiro se torne gostoso depois alguns meses sem aparecer.
Então... A ausência pode causar coisas boas mais tarde e o tão temido novo pode ser algo que já conhecemos, ma com um gosto diferente, como um café gelado e quente, que fica a nosso critério decidir se é bom ou ruim e isso me lembra o livre arbítrio que nos permite escolher.

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